quinta-feira, 8 de março de 2012

Família, o maior progeto de Deus

 
 Olá irmãos leitores e seguidores do meu blog! Estou deixando aqui, mais uma palavra para a vossa meditação. Hoje como é o dia internacinal da mulher, resolví falar sobre família. Porque?
Porque, creio que a mulher é uma das principais colunas de sustentação de uma familía, e na sociedade moderna, este reconhecimento tem ficado um pouco perdido. Nós mulheres podemos ser benção, ou não. Podemos edificar ou destruir, tudo isto apenas com palavras e atitudes. Que tal ter a atitude de ser uma benção no seu lar? Que Deus fale contigo. 

 Lucas, capítulo 15 Vs 8 e 9.
Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.

O evangelho de Lucas é um evangelho diferente. Dá um destaque especial àquelas pessoas que a sociedade desprezava. Lucas mostra que Jesus veio para buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19:10). Isso incluía publicanos, pecadores, pobres, ricos, judeus, samaritanos, gentios, homens, mulheres, etc.

Um dos capítulos-chave deste evangelho é o 15. Nele, Jesus conta três parábolas que expressam as mesmas verdades, através de figuras diferentes. Todas elas falam do amor de Deus pelos perdidos. Em todos os casos, sem exceção, os que estavam perdidos eram considerados preciosos. Procurá-los não era perda de tempo. Valia a pena. Hoje, iremos destacar uma destas parábolas: a da dracma perdida. Talvez, esta seja a mais simples das três. É um simples acontecimento doméstico, e, quando somos postos diante dele, somos discretamente convidados à reflexão sobre alguns aspectos da vida em família.

A mulher da parábola tinha dez valiosas moedas e perdeu uma delas. Mas não é só moedas que podem ser perdidas dentro de casa. Existem outras perdas muito mais perigosas. Elas podem afetar diretamente as bases da família. Por exemplo, a perda do diálogo, do respeito, do interesse e atenção pelo outro, do carinho e do toque, a falta de cuidado, o companheirismo, o temor a Deus, etc. O que fazer quando a família perde valores assim? A parábola da dracma perdida nos faz pensar em, pelo menos, três virtudes que devem ser buscadas por nós, para recuperarmos valores perdidos dentro do lar. A primeira delas é a seguinte:



1. NA BUSCA PELOS VALORES PERDIDOS, PRECISAMOS DE PERCEPÇÃO.



Vamos ler novamente o início da parábola: Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma (Lc 15:8a). Observe o nome da moeda perdida? “Dracma”. A dracma era uma moeda grega, e assim como o denário romano, era o salário pago por um dia de serviço a um trabalhador. Diferentemente da situação atual, as moedas eram escassas na Palestina, onde grande parte do comércio era feito, ainda, à base de troca. No caso da parábola contada por Jesus, as dez moedas podem representar a poupança juntada com muito esforço por uma mulher pobre, e estariam “destinadas a sustentá-la numa época de necessidade”.

Alguns também sugerem que, essas moedas poderiam ser parte de um ornamento ou, então, estavam sendo juntadas para esse fim. Todavia, saber se o que a mulher perdeu foi uma moeda que estava sendo poupada ou parte de um enfeite não é o mais importante para nós. O fato é: perder essa moeda significou muito para ela, pois, do contrário, ela não despenderia tantos esforços para tentar encontrá-la. Essa moeda, fosse o que fosse, era valiosa para a sua proprietária! Aliás, é assim mesmo que diz a tradução da Bíblia Viva: Uma mulher tem dez valiosas moedas de prata e perde uma delas.

Pois bem, com isso em mente, isto é, com a consciência de que o que se perdeu era valioso, caminhemos. Leiamos novamente o texto. Atente para a expressão “se perder”: ... qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma (grifo nosso). A expressão “se perder” sugere que a mulher sabia que havia perdido algo. Ela não estava varrendo sua casa e, por coincidência, encontrou uma moeda perdida. Ela tinha consciência de que havia perdido algo valioso e saiu à sua procura; acendeu a candeia e começou a varrer a casa. Esse é o primeiro princípio a ser considerado por quem quer restaurar valores perdidos dentro do lar: é preciso percepção na busca.

O primeiro passo rumo à resolução do problema é a identificação deste. É o reconhecimento do problema. Neste quesito, temos de concordar que as mulheres são campeãs! Elas são muito mais perceptivas do que os homens, sem dúvida. São as que percebem primeiro quando está faltando algo dentro de casa, quando algo está atrapalhando o desenvolvimento da família. “A maioria das mulheres se antecipa aos maridos no acompanhamento da vida e da necessidade dos filhos. Igualmente, não hesitam em procurar ajuda de pastores e conselheiros. Parecem estar sempre interessadas em ampliar o bem estar da família”.

Contudo, é precisamos entender que, quando o assunto é recuperar valores perdidos dentro da família, a responsabilidade é de todos e não somente das mulheres. Quanto tempo sua família passa conversando? Qual foi a última vez em que vocês sentaram para fazer uma avaliação, um balanço da vida em família? Isso é muito importante. Perceba que, na parábola, a moeda é perdida; ela não se perde sozinha. Alguém se descuidou. Alguém perdeu. Os valores dentro do lar também são perdidos. São, pouco a pouco, deixados de lado. Às vezes, nem nos damos conta que os perdemos. Por isso, é importante a percepção para descobrir o que se perdeu. Se as coisas não andam bem em sua casa, ore ao Senhor pedindo sabedoria para que ele lhe mostre onde melhorar.

Enfim, a primeira virtude a ser buscada é a percepção. Mas não apenas ela. Há uma segunda virtude a ser buscada, para recuperarmos valores perdidos.



2. NA BUSCA PELOS VALORES PERDIDOS, PRECISAMOS DE DISPOSIÇÃO.



Uma pessoa disposta está pronta para o que der e vier. É uma pessoa que não tem medo de “arregaçar as mangas” para o trabalho. É uma pessoa para qual não existe “tempo ruim”. Quando quer resolver alguma coisa, se doa por completo. No caso de restaurar valores perdidos dentro da família, esta virtude é indispensável. Sem ela, dificilmente os problemas irão ser solucionados e os valores perdidos, recuperados. Uma coisa é perceber; outra, é agir. Uma coisa é identificar o problema; outra, é tratar do problema. Contudo, apesar de diferentes, uma ação depende da outra. Como alguém irá procurar algo que não sabe que perdeu? Primeiro, precisa identificar; depois procurar mudança.

Aqui está o grande desafio. Há muita gente que é até boa na hora de identificar, mas é péssima na hora de agir para sanar o problema. O que a mulher da parábola contada por Jesus fez, ao perceber que faltava uma das moedas? Vamos ao texto: ... se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? (Lc 15:8). Ela procurou diligentemente! A mulher da parábola era assim: disposta, pronta para recuperar o que foi perdido. Não perdeu tempo. Neste caso, em especial, era preciso mesmo muita disposição. Você sabe como eram as casas de pessoas pobres na Palestina?

“A casa de uma pessoa pobre, como essa mulher, geralmente era bem pequena. Tinha o piso de terra e não tinha janelas, ou se as tinha eram bem pequenas”. Tente visualizar uma casa pequena e sem janelas. A única luz era a que entrava pela porta. A iluminação dentro dessa casa era precária. Era uma casa bem escura, mesmo durante o dia. Daí a importância de acender uma candeia (Lc 15:8b). Esta candeia, provavelmente, era uma pequena lamparina de levar à mão, mantida a óleo, que emitia pouca luz, mas que era de grande ajuda, num momento como esse. Além da candeia, o texto também diz que ela varre a casa (Lc 15:8c). A vassoura era importante porque o pó do chão de terra batida poderia facilmente ocultar a moeda, isso sem contar as pedras e as fendas a que o chão estava sujeito.

Mesmo com toda essa dificuldade, ela põe a “mão na massa” e começa sua procura; afinal, algo de valor havia sido perdido. Ela varre cada canto da casa, cada gretinha. Nenhum lugar foge aos seus olhos. Tira móvel do lugar, coloca móvel no lugar, etc. Lamparina numa mão e vassoura na outra. Ela é incansável. E procura... procura... procura... Pois bem, nós estudamos há pouco que é preciso percepção. Só busca valores perdidos quem entende que perdeu valores. Se você se examinou e se sentiu em falta, é hora de agir. Você acha importante, em um lar em que não há mais respeito, buscar novamente essa virtude?

Você acha importante, em um lar em que não há mais compreensão mútua, que haja empenho para recuperá-la? E o que dizer do diálogo, da delicadeza no trato? Esses valores precisam ser recuperados nos lares em que foram perdidos, pois são valiosíssimos para a boa convivência familiar! Para consegui-los novamente é preciso disposição. Eles não voltam da noite para o dia. Foram perdidos lentamente e são, igualmente, recuperados de forma gradual. Mas é preciso empenho! Por isso, empenhe-se! Será que já não chegou o momento de começar a procurar estas virtudes novamente? Disponha-se! Comesse colocando-se imediatamente de joelhos, em oração, diante do trono de Deus!

Até agora, vimos duas virtudes necessárias na busca por valores perdidos: a percepção e a disposição. Vamos agora a ultima virtude:



3. NA BUSCA PELOS VALORES PERDIDOS, PRECISAMOS DE INSISTÊNCIA.



Vamos ler novamente as últimas duas palavras do versículo 8, capítulo 15. Elas tratam sobre até que ponto a mulher estava disposta a insistir em busca do que perdera. O texto diz: se perder (...) não busca até encontrá-la? (grifo nosso). Veja que é uma pergunta. Era óbvio, para quem ouviu a pergunta, que a personagem da história agiria dessa maneira. Ela procuraria o valor perdido até encontrá-lo! O que isso nos ensina? Que esta mulher não estava disposta iniciar uma busca e parar no meio do caminho, na primeira barreira. O ensino aqui é claro. Ela iria procurar até encontrar. A ideia é de insistência na busca. Esta é a nossa terceira lição com este texto. Para se restaurarem os valores perdidos dentro da família, é preciso insistência.

Insistência para não desistir. Insistência para não esmorecer. Insistência para ir até o final. Insistência para atravessar um caminho cheio de espinhos, com a certeza de que vale a pena insistir, porque, no final, as coisas podem ser melhores. Ao que parece, a insistência parece ser uma qualidade bem presente nas mulheres; talvez, até mais do que nos homens. Na Bíblia, encontramos vários exemplos de mulheres persistentes, assim como essa mulher da parábola. Dalila foi uma dessas, pena que para o mal. O texto bíblico diz: E ela continuou a perguntar isso todos os dias. Sansão ficou tão cansado com a insistência dela, que já não agüentava mais. E acabou lhe contando a verdade (Jz 16:16-17a – NTLH).

Outra mulher persistente – mas para fazer o bem – foi a profetiza Ana. O texto bíblico diz: Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações (Lc 2:37b – grifo nosso). Jesus também contou uma parábola sobre uma mulher persistente. Era uma viúva. Ela morava numa cidade onde havia um juiz que não temia a Deus e nem respeitava os homens. Todos os dias essa mulher o impotunava com um pedido: Faze-me justiça contra o meu adversário (Lc 18:3b). Por algum tempo, ele não quis atendê-la. Entretanto, chegou um momento que não deu mais. De tanto ela insistir, ele a ouviu. Com esta parábola, Jesus concluiu: Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, mesmo que pareça demorado em responder-lhes? (Lc 18:7). Que incentivo à insistência!

Pessoas insistentes vão longe. Por isso, insista na busca da restauração dos valores perdidos. Se você já sabe os valores que foram perdidos em sua casa; se você já conseguiu identificá-los (O princípio da percepção); se você já colocou a “mão na massa”, isto é, está trabalhando para recuperá-los (O princípio da disposição), então vá em frente! Muitos são os que chegam a essa fase e desistem: “Ah! Não dá mais! Meu marido não muda mesmo; meus filhos vão ser sempre assim...”. Até conseguem iniciar a busca, mas, na primeira dificuldade, jogam tudo para o alto. Deixam de lutar. É preciso insistência!

Não desista do seu filho! Não desista do seu casamento! Não desista da sua família! Quanta gente parou de insistir? Quanta gente cansou de buscar? Quanta gente entregou os pontos? Não seja você mais um. Assim como a mulher da parábola buscou a moeda até encontrá-la, procure o respeito perdido dentro do lar até encontrá-lo! Procure a comunhão perdida dentro do lar até encontrá-la! Procure o temor a Deus, perdido dentro do lar, até encontrá-lo! Procure a delicadeza no trato, perdido dentro do lar, até encontrá-la! Procure o companheirismo, perdido dentro do lar, até encontrá-lo! Insista, pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á (Mt 7:8).



CONCLUSÃO: A família é um projeto de Deus. Ele a planejou e deseja que ela dê certo. Todavia, isso não é garantia de que os dias difíceis não chegarão para as famílias. A Bíblia está repleta de exemplos de servos de Deus que enfrentaram problemas em suas famílias: Rebeca enfrentou problemas com as suas noras (Gn 26:34-35, 27:46); José com seus irmãos (Gn 37:4); Davi com sua esposa (II Sm 6:16), etc. Em todos esses casos, os problemas eram os mais diversos. Ninguém está livre de enfrentar problemas familiares. Agora, não fazer nada para que eles sejam solucionados ou, ao menos, amenizados, é o problema mais grave.

Muitos são os lares que estão ruindo e ninguém faz nada para que a situação mude. O respeito, o companheirismo, o amor, o carinho, a paz, enfim, todas as virtudes desejáveis e necessárias para uma boa convivência familiar foram embora, e ninguém faz nada para recuperá-las. Isso tem de mudar. Deus pode nos ajudar a recuperar valores perdidos dentro das nossas famílias! Ele pode dar jeito! Ele é poderoso para fazer infinitamente mais além daquilo que pedimos pensamos, ou esperamos, segundo o seu poder, que em nós opera (Ef 3:20). Busque os valores perdidos dentro do seu lar com percepção, disposição e insistência.

O desfecho da parábola que estudamos hoje é fantástico! Depois que a mulher encontra o que estava perdido, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido (Lc 15:9). O texto começa com aflição, por causa da perda, mas termina com júbilo e alegria, por causa do retorno daquilo que se havia perdido. Meu irmão e minha irmã, Deus pode fazer isso em sua casa! Firme um compromisso, diante dele, hoje, de que você vai começar a pensar sobre valores perdidos, de que você está disposto a trabalhar para recuperar valores perdidos, de que você vai insistir na busca do que perdeu. Quem sabe, daqui a muito pouco tempo, você estará celebrando o Senhor pela vitória da sua família. Que assim seja!

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